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Vanessa Ramos: jornalista da CUT-SP ganha Prêmio Anamatra de Direitos Humanos

Matéria denunciou situações insalubres, inclusive com mortes, envolvendo trabalhadores no período de pandemia do coronavírus

Publicado: 16 Setembro, 2022 - 13h57 | Última modificação: 16 Setembro, 2022 - 14h11

Escrito por: Rafael Silva - CUT São Paulo

Roberto Parizotti/CUT
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Reportagem que trata sobre as condições de trabalho em frigoríficos na pandemia de covid-19 é uma das vencedoras do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos 2022, na categoria de mídia imprensa. O texto “Mortes, sequelas e trabalho exaustivo: o rastro da covid-19 em grandes frigoríficos” foi publicado em novembro de 2021 pelo Brasil de Fato e tem entre os seus autores Vanessa Ramos, jornalista que atua na imprensa sindical da CUT-SP. 

Também assinam a matéria os jornalistas Daniel Giovanaz e Renan Xavier. 

A reportagem vencedora apresenta histórias de vítimas de acidentes nos locais de trabalho, em decorrência do aumento de ritmo de produção durante a fase mais aguda da pandemia de coronavírus. Os repórteres também entrevistaram familiares de trabalhadores mortos pelo vírus, bem como tiveram acesso a vídeos mostrando situações desumanas na indústria da carne. 

Entre os casos de negligência, houve registros de doenças, acidentes graves de trabalho e até mortes dentro das fábricas. 

"Construímos uma reportagem jornalística trazendo a luta do movimento sindical, o cotidiano de adoecimentos e mortes nos grandes frigoríficos e mostramos como muitas vezes o lucro visado pelas multinacionais não está em sintonia com a preservação da vida dos milhares de trabalhadores. A pandemia de covid-19, neste sentido, escancara muitas dessas situações de forma mais drástica", explica Vanessa Ramos. 

O Prêmio Anamatra (Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho) está em sua décima edição e foi criado para valorizar ações de promoção e defesa dos direitos humanos no mundo do trabalho, divididas em três categorias: Cidadã, voltada para organizações da sociedade civil; Imprensa, para produções jornalísticas; e Programa Trabalho, Justiça e Cidadania, voltada para alunos, professores e escolas. 

Nas produções de mídia foram 105 inscrições neste ano, sendo 43 delas na categoria mídia impressa. A cerimônia de premiação será no dia 29 de setembro no Rio de Janeiro. 

Secretário de Comunicação da CUT-SP, Belmiro Moreira celebra a conquista de Vanessa. “Para nós, da Central Única dos Trabalhadores, é motivo de orgulho ter uma de nossas profissionais premiadas. Vanessa tem uma trajetória de dedicação e militância nas pautas relacionadas ao mundo do trabalho, sempre cuidando dos pequenos detalhes que envolvem a produção. Ganha a classe trabalhadora, que pode contar com uma comunicação comprometida com o enfrentamento das injustiças”, afirma o dirigente. 

Essa é a segunda premiação conquistada pela matéria. Em dezembro do ano passado, os autores conquistaram o 2º lugar na categoria Especial na 38ª edição do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. 

Clique aqui para ler a reportagem vencedora “Mortes, sequelas e trabalho exaustivo: o rastro da covid-19 em grandes frigoríficos”.