Secretaria de Educação de SP dificulta transferência de funcionários de escolas
Afuse denuncia que desde 2018 governo não cumpre compromissos assumidos na mesa de negociação; Douglas Izzo reforça apoio da CUT-SP à luta da categoria e convocação para ato no Dia do Servidor
Publicado: 23 Outubro, 2020 - 19h36 | Última modificação: 23 Outubro, 2020 - 19h47
Escrito por: CUT São Paulo

Uma instrução sobre remoção de funcionários publicada recentemente pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo provocou a revolta de muitos trabalhadoras e trabalhadores da rede estadual de educação.
Segundo a direção da Afuse (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo), a medida traz um cronograma para os processos de transferência de servidores que pode levar um ano para ser concluído.
Além disso, a Afuse também denuncia que, desde 2018, o Governo de SP, por meio da Secretaria de Educação, não cumpre os compromissos assumidos nas mesas de negociação. Para o sindicato falta vontade política e sensibilidade por parte do governo paulista para fazer as remoções, transferindo os trabalhadores e trabalhadoras para escolas mais perto de suas casas.
“Todo mundo sabe o descaso com a remoção. Temos funcionários trabalhando há mais de 50 quilômetros de sua casa, longe da família. Muitos têm família morando na Capital e trabalhando no interior ou vice e versa. Precisamos que o secretário faça essa movimentação urgente”, explica o presidente da Afuse João Marcos de Lima em vídeo veiculado no site do sindicato.
Para o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, que é professor da rede pública estadual, essa é mais uma das medidas da Secretaria de Educação que ataca os direitos dos funcionários e servidores estaduais da rede de ensino.
“Sob os governos tucanos, nós professores e os servidores da Educação, temos sofrido com a retirada de direitos, mas a gestão com Doria no governo têm se aprofundado os ataques. Essa medida que protela os processos de remoção é mais um ataque aos funcionários da educação”, disse Izzo.
O dirigente também reforça o apoio da CUT-SP à luta da Afuse que realizou uma mobilização nesta quinta-feira (22) em frente à Secretaria de Educação contra essa medida da remoção e na defesa dos direitos dos servidores.
“Às vésperas do Dia do Servidor Público, os companheiros e companheiras da Afuse fazem certo em mobilizar a categoria para protestar contra o descaso da Secretaria de Educação. Saibam que essas ações em defesa da categoria têm total apoio da nossa Central, que também está na luta em defesa dos servidores e dos serviços públicos”, destaca o presidente da CUT-SP.
Mobilização Nacional de Luta contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro
Douglas Izzo também reforça que, na próxima quarta-feira (28), Dia das Servidoras e dos Servidores Públicos, a CUT-SP, por meio do Macrossetor do Serviço Público realiza, às 13h30, um ato na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo.
“Estamos convocando todos sindicatos e ramos filiados para essa atividade que é parte da Mobilização Nacional de Luta contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro, lembrando que será obrigatório o uso de máscaras, álcool em gel e o distanciamento social, além de orientar para que participem dessa manifestação apenas quem não for do grupo de risco”, conclui.
*Colaborou Alexandre Trindade