Negociações do setor farmacêutico estão em andamento em SP
Sindicalistas apontam expectativas com relação à campanha salarial
Publicado: 17 Março, 2023 - 15h25 | Última modificação: 17 Março, 2023 - 15h48
Escrito por: Vanessa Ramos - CUT São Paulo

A campanha salarial dos farmacêuticos em 2023 está em andamento no estado de São Paulo. Segundo lideranças sindicais, a nova rodada de negociação será no dia 31 março, às 14h.
A pauta de reivindicações foi entregue oficialmente ao setor patronal no dia 9 de março, na sede do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), no bairro Cidade Monções, na capital paulista.
Participaram da entrega lideranças da Federação dos Químicos em São Paulo (Fetquim), ligada à CUT, da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), ligada à Força Sindical, e entidades filiadas às duas federações.
Alta da inflação no preço dos alimentos, aumento salarial, reajuste e ganho real nas cestas de alimentação e no vale-refeição estiveram entre os assuntos discutidos.
Após a entrega da pauta, no dia 15 de março, o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico. Na matéria intitulada "Venda de remédio cresce, mas custo preocupa, diz setor", ele traz sinais do posicionamento do setor patronal falando que o reajuste de medicamentos em 2023 deve ficar em 5,6%.
Segundo o coordenador Fetquim-CUT, Airton Cano, as entidades sindicais cobram há vários anos o aumento real, considerando as circunstâncias como preço de alimentos e reajuste de preços dos medicamentos.
“Estamos intensificando a valorização de nossa campanha salarial, pedindo aumento real, e que os patrões reconheçam que os trabalhadores têm contribuído para o crescimento da indústria farmacêutica", afirma.
Para Hélio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo e vereador da capital paulista, houve retração da inflação, contudo, os preços não tiveram queda.
“Principalmente os alimentos estão pesando muito no orçamento. Sabemos disso e vamos defender a reposição da inflação com ganho real para que o trabalhador recupere o seu poder de compra”, defende.
Secretário-geral e de imprensa do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo José dos Santos, fala sobre sua expectativa com relação às negociações em curso.
“Queremos recompor o alto custo de vida em relação à alimentação e, inclusive, dos medicamentos que subiram além da inflação. Mas para isso vamos precisar da mobilização dos trabalhadores nas bases”, avalia.