Na Baixada Santista, ocupação das ruas é fundamental para enfrentar conservadorismo
Avaliação ocorreu durante Plenária da subsede da CUT-SP na Baixada Santista
Publicado: 12 Junho, 2023 - 17h52 | Última modificação: 12 Julho, 2023 - 18h03
Escrito por: Rafael Silva - CUT São Paulo

No último sábado, 10 de junho, a subsede da CUT-SP na Baixada Santista realizou a plenária com os sindicatos da região de preparação ao 16º Congresso Estadual da CUT-SP (CeCUT) e ao 14º Congresso Nacional da CUT (ConCUT). A atividade também debateu a conjuntura política local, estadual e nacional, de forma a contribuir na construção da agenda de lutas.
Os encontros têm o propósito de discutir a conjuntura política e atualizar as estratégias de luta com base nos ramos que atuam nos territórios. As plenárias também são uma etapa de preparação dos sindicalistas e das sindicalistas para o 16º Congresso Estadual da CUT-SP (CeCUT), prevista para os dias 25, 26 e 27 de agosto na Praia Grande (SP), e para o 14º Congresso Nacional da CUT (ConCUT), em outubro.
Roberto Leão, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e vice-presidente Regional para a América Latina da Internacional da Educação (IE), conduziu a mesa sobre conjuntura política, destacando o cenário da região, formada por Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.
Entre os participantes, a discussão girou em torno da necessidade de permanecer nas ruas para disputar as narrativas em defesa de um projeto político que beneficie a classe trabalhadora. O entendimento é que, mesmo após a derrota de um governo de extrema-direita, as últimas eleições mostraram um país bastante dividido.
Coordenador da subsede da CUT-SP na Baixada Santista, o professor Carlos Riesco lembra que a região possui uma população com tendência conservadora, tendo Bolsonaro vencido em oito dos nove municípios no pleito presidencial de 2022. Lula ganhou em Cubatão. “É uma região onde não fomos bem nas eleições e que possui governos conservadores, mas temos feito a resistência todos os dias, denunciando os descasos com a população. E temos uma boa atuação pela CUT, com mobilização que acompanha o calendário da Central”, diz.
A parte portuária responde por uma das principais atividades econômicas da Baixada Santista, com o Porto de Santos e o Polo Industrial de Cubatão, além do turismo, que atrai milhares de pessoas para as mais de 80 praias. Ainda assim, o percentual de desemprego é alto e a falta de moradia é um problema grande. "O governo anterior [Bolsonaro] não promoveu nenhuma política habitacional aqui e isso aprofundou o déficit de moradia. Tem também o Condesb, mas não resolve muita coisa”, destaca Riesco em relação ao Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista, uma espécie de consórcio que reúne as prefeituras dos nove municípios para tratar de políticas públicas da região.
Representando a diretoria executiva da CUT-SP, estiveram Daniel Calazans, secretário-geral, e Vivia Martins, secretaria de Assuntos Jurídicos da entidade, que falaram sobre os detalhes dos congressos. Na mesa também participou Raimundo Suzart, dirigente do Sindicato dos Químicos do ABC.
Confira abaixo mensagem do coordenador da CUT-SP na Baixada Santista, Carlos Riesco
As subsedes da CUT foram criadas para permitir a regionalização da Central no estado, garantindo a representação e ampliação da luta. As subsedes têm a responsabilidade de ajudar os ramos e os sindicatos a implementar as orientações, resoluções e deliberações do plano de lutas. As plenárias pelas 19 subsedes, mais a capital, irão ocorrer no período entre 24 de maio e 5 de julho.