Movimentos progressistas pedem “ditadura nunca mais” em ato no Largo São Francisco
Às vésperas dos 60 anos do Golpe Militar, grupos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo salientam a importância da proteção do regime democrático
Publicado: 23 Março, 2024 - 19h39 | Última modificação: 23 Março, 2024 - 21h41
Escrito por: Laiza Lopes e Rafael Silva - CUT São Paulo

A CUT e demais movimentos sociais que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo foram às ruas neste sábado (23) com o mote “60 anos do Golpe, Ditadura Nunca Mais!”, como uma forma de relembrar para que a violação não se repita.
O ato faz parte do Dia de Mobilização Nacional que ocorreu em diversas capitais do país. Em São Paulo, a manifestação se concentrou no Largo São Francisco, com início por volta das 14h.
A defesa da democracia foi bandeira central da manifestação que também reforçou a importância da punição para os golpistas de 8 de janeiro de 2023. Naquela ocasião, um grupo tentou contra o regime democrático quando não aceitou o resultado das eleições de 2022.
Mesmo sob chuva, representantes de movimentos, sindicatos, centrais e partidos políticos, fizeram discursos em memória às vítimas e torturados da ditadura e contra a anistia aos golpistas.
“Este ato é importante para que possamos lembrar à juventude, e aos que não vivenciaram a ditadura, as atrocidades que foram praticadas contra os trabalhadores, as trabalhadoras e o povo no nosso país. Estamos nesta praça para dizer que só existe democracia com o movimento social e sindical organizado, com sindicatos livres para defender os direitos da classe trabalhadora” afirmou, em discurso no carro de som, o presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart.
A Central esteve representada por boa parte de sua direção executiva estadual, representantes das subsedes do interior, Grande São Paulo e Baixada Santista, além de diversos sindicatos.
José Dirceu, importante liderança contra a ditadura, participou da mobilização. Ele fez um lembrete sobre as tentativas de golpes no país, que já aconteceram diversas vezes. “É necessário relembrar os crimes da ditadura, relembrar que sem a democracia o povo não tem vez, não tem voz”, analisa Dirceu.
O pedido de cessar-fogo do genocídio em curso na Faixa de Gaza foi outra bandeira presente na mobilização. As forças de Israel já mataram mais de 30 mil civis, sendo a maioria mulheres e crianças.
Confira falas de algumas de nossas lideranças presentes no ato: