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Grito dos Excluídos: Movimentos ocupam a Praça do Sé pelo combate às desigualdades

“Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?” foi o mote para refletir sobre as demandas dos mais vulnerabilizados

Publicado: 08 Setembro, 2024 - 10h55 | Última modificação: 08 Setembro, 2024 - 11h10

Escrito por: Laiza Lopes - CUT São Paulo

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A Praça da Sé, no centro de São Paulo, foi palco do 30º Grito dos Excluídos e Excluídas, que ocorre todo ano, tradicionalmente em 7 de setembro. A manifestação reuniu centenas de pessoas, representantes de movimentos sindicais, sociais e pastorais católicas a partir das 9h. 

O lema deste ano “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?” chamou a atenção para as desigualdades sociais e os mais vulnerabilizados. Além de denunciar as injustiças geradas pelo sistema capitalista e refletir sobre um novo projeto de sociedade. 

Dirigentes da CUT São Paulo marcaram presença no ato, entre eles, Osvaldo Bezerra, secretário de Mobilização da entidade estadual.

Da esquerda para a direita: Osvaldo Bezerra (Pipoka), sec. de Mobilização; Carlos Riesco, coordenador CUT-SP Baixada Santista; Edson Bertoldo, sec. de Políticas Sociais

 

“Precisamos fazer um balanço desses últimos 30 anos, considerando o avanço social da agenda de luta dos movimentos sociais. É importante reconhecer que os governos democrático populares avançaram na agenda, incluiu trabalhadores e reduziu a miséria”, afirma o secretário de Mobilização.

O dirigente ressalta que é preciso avançar para o combate às desigualdades. “No Brasil ainda temos o desafio da concentração absurda de renda, que precisa ser combatido, reduzir a distância entre os maiores salários e o trabalhador na ponta”, analisa Osvaldo.

Representantes de diversas entidades subiram em um caminhão de som para trazer as reivindicações. As principais pautas refletiram sobre os perigos do avanço da extrema direita, a necessidade de um cessar-fogo na Palestina, e as violações enfrentadas por imigrantes, mulheres, negros e a comunidade LGBTQIA+.

Propostas para a defesa da classe trabalhadora como o incentivo ao trabalho decente, jornadas reduzidas e melhores salários também foram mencionadas pelos participantes.

O ato contou também com intervenções artísticas, que trouxeram as bandeiras de lutas presentes no evento. Diversos atos ocorreram pelo estado de São Paulo e em vários municípios brasileiros, que demonstram a força desses 30 anos do Grito dos Excluídos.