Gestão Tarcísio completa 100 dias com protesto nas ruas por moradia popular
Movimentos cobram governo um programa habitacional para atender famílias pobres
Publicado: 11 Abril, 2023 - 13h51 | Última modificação: 11 Abril, 2023 - 14h59
Escrito por: Vanessa Ramos - CUT São Paulo

Movimentos populares ligados à luta por moradia protestaram nas ruas da cidade de São Paulo nesta terça-feira (11). Após a realização de um ato em frente ao Teatro Municipal, os manifestantes caminharam até o prédio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), no centro da capital. Segundo os organizadores, o protesto reuniu 2 mil pessoas.
As entidades cobram do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) um programa estadual de habitação para famílias de baixa renda que não conseguem mais pagar aluguel ou vivem em cortiços. Também exigem um programa de urbanização das favelas e a regularização fundiária dessas áreas.
“Cobramos habitação, saúde e educação. O governo de São Paulo não apresentou nenhuma proposta nesses primeiros 100 dias, nenhuma política habitacional, nenhum programa para atender as pessoas mais pobres”, afirma o advogado Benedito Roberto Barbosa, conhecido como Dito, que atua na União Nacional dos Movimentos de Moradia e na Central dos Movimentos Populares.
O secretário de Comunicação da CUT-SP, Belmiro Moreira, falou durante a mobilização sobre a importância da moradia digna como direito básico e essencial a ser garantido pelo Estado.
“Existe uma população que é excluída, que não é enxergada por esse governo que foi eleito recentemente. Chegamos a 100 dias sem políticas habitacionais, ampliando o abismo das desigualdades entre ricos e pobres”, afirmou.
Para o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT), o governador aponta para projetos privatistas e de enriquecimento das empresas.
“Os trabalhadores são ignorados. Estamos na luta para reverter essa situação e para que todos os paulistas tenham acesso à moradia, à saúde, à educação, ao emprego e à assistência social”, disse o parlamentar.