Entidades lançam Comitê Regional de Luta de Mogi das Cruzes e Vale do Paraíba
Cerca de 30 organizações participaram do lançamento do comitê
Publicado: 15 Junho, 2022 - 22h56 | Última modificação: 15 Junho, 2022 - 23h13
Escrito por: Vanessa Ramos - CUT São Paulo

Movimentos populares e entidades sindicais paulistas lançaram nesta quarta-feira (15) o Comitê Regional de Luta de Mogi das Cruzes e Vale do Paraíba.
A atividade ocorreu na sede do Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes, localizado à Rua Doutor Deodato Wertheimer, 2319, no bairro Vila Mogi Moderno.
A proposta dos comitês é reunir organizações do campo e da cidade em ações conjuntas para discutir direitos sociais e trabalhistas visando melhorar a vida da população brasileira, que tem sofrido as consequências de uma crise política e econômica nos últimos anos.
Presidenta da CUT São Paulo, Telma Victor, falou sobre as pautas das entidades em 2022, ano em que milhões de brasileiros elegerão presidente, governadores, senadores e deputados federais.
“A defesa da democracia e dos direitos representa uma luta central. O país está cansado de tanta pobreza, preços altos, desemprego e fome”, disse.
Pela Força Sindical, o metalúrgico Adriano Lateri lembrou como o Brasil, apesar dos retrocessos na condução política, tem condições de se destacar diante de outras economias mundiais.
“Precisamos de políticas que favoreçam o povo brasileiro. Com os preços lá em cima e uma vida tão difícil, nem mais confraternizações têm acontecido porque as pessoas agora precisam decidir qual conta conseguem pagar”, lamentou.
Também metalúrgico, o coordenador da subsede da CUT São Paulo no Vale do Paraíba, José Carlos de Souza, avaliou que existe uma cultura do ódio que ameaça o Brasil. “Nossa luta é feita pela cultura do amor, por direitos e justiça social”, completou.
Janeiro de 2023
O bancário Marcelo Borges, coordenador da subsede da CUT-SP em Mogi das Cruzes, falou ainda sobre as privatizações dos bancos públicos e de empresas como a Eletrobrás.
“Não podemos ficar de braços cruzados porque depois que fazem o desmonte, fica mais difícil de reverter a situação”.
Além da luta em defesa das estatais, Débora Machado, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) de São Paulo, falou ainda sobre a importância de se observar as lutas das mulheres e de setores sociais comumente perseguidos, a exemplo da população negra, indígena e LGBTQIA+.
“O fato é que precisamos de um Brasil sem discriminação. O país precisa de um presidente que cuide de seu povo. Nossa maior alegria será garantir, a partir de janeiro de 2023, um governo democrático e popular”, finalizou.