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Em defesa da reposição da inflação, servidores de Santo André param nesta quinta

Adesão à greve em defesa da reposição integral da inflação nos salários está forte nos locais de trabalho. Sindicato convoca servidores para ato, a partir das 14h, no Paço Municipal

Publicado: 31 Março, 2022 - 12h28 | Última modificação: 31 Março, 2022 - 12h31

Escrito por: Viviane Barbosa - Sindserv Santo André

Foto: Dino Santos
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Os servidores públicos de Santo André anunciam paralisação nesta quinta-feira, 31 de março. A adesão à greve em defesa da reposição integral da inflação nos salários está forte nos locais de trabalho.

O movimento é organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santo André (Sindserv Santo André) que está convocando trabalhadores e trabalhadoras de todos os setores, autarquias e departamentos da Prefeitura.

O Sindicato protocolou, no dia 24 de março, ofício de paralisação na Prefeitura ao prefeito Paulo Serra e ao Secretário de Administração, Almir Cicote. 

Também nesta quinta-feira (31/3), às 14h, o Sindserv está convocando todos os servidores e servidoras para irem ao Paço Municipal a partir das 14h para realização de um grande ato e passeata. Na programação desta quinta-feira, o Sindicato fará uso da Tribuna Livre, na Câmara Municipal, para falar do movimento paredista dos trabalhadores. 

Reabertura das negociações com Paço

Os servidores irão parar em protesto à falta de respeito do governo Paulo Serra que rompeu com a mesa de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho com o Sindicato e encaminhou o Projeto de Lei Complementar 10/22 que prevê o reajuste salarial abaixo da inflação e parcelado em duas vezes: 3% em maio e 4% em setembro. Esse PLC foi aprovado em duas votações pela maioria dos vereadores na Câmara Municipal, sem diálogo com o Sindicato e trabalhadores, e deve entrar em vigor em maio.

O Sindicato explica que esse índice de 7% não cobre as perdas salariais acumuladas pela categoria ao longo do período da data-base dos trabalhadores, ampliando a perda do poder de compra. A entidade sindical reivindica a retomada das negociações com a Administração Municipal, para que seja negociada uma contraproposta salarial que contemple no mínimo a reposição inflacionária dos últimos dois anos.

Estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), solicitado pelo Sindserv, mostra que a defasagem inflacionária nos salários dos servidores andreenses acumula 18,44%, e é referente à data-base da categoria, de maio de 2020 a maio de 2022.

Reajuste de até 14% de Serra é mentira

 “O prefeito disse à imprensa que o nosso reajuste será de até 14%, mas isso é mentira! Ele englobou um pequeno reajuste na cesta básica, que não incorpora ao salário, (que só entrará em vigor em setembro) e não contempla todos os servidores. Os aposentados ficarão de fora e são os que mais precisam. Não estamos pedindo aumento real, mas a reposição integral da inflação”, explicou a diretora do Sindserv Santo André, a professora Daisy Dias.

Greve é direito constitucional

O aviso de paralisação está amparado na Lei Federal nº 7.783 de 28 de junho de 1989, que assegura o exercício de greve/paralisação no serviço público.

“É assegurado o direito de trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”, trecho do artigo primeiro da Lei Federal no documento assinado pelo Representante Legal Durval Ludovico Silva. 

O Sindicato também pede à Administração que não seja feita nenhuma retaliação aos trabalhadores que exercerem seu direito legítimo de paralisação.

Notícia publicada no site do SindServ Santo André