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Em crise, IPT ameaça demitir 200 trabalhadores

Segundo levantamento do sindicato, há mais de 12 anos a verba de custeio repassada pelo governo do Estado de São Paulo ao Instituto está congelada

Publicado: 16 Dezembro, 2015 - 00h20

Escrito por: Redação - Redação SINTPq

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) anunciou nas últimas semanas a possibilidade de demitir 200 trabalhadores em 2016. Mais de 80 funcionários já saíram da Instituição neste ano, sendo 50 demissões só nos últimos dois meses. Como alternativa, a proposta do IPT é evitar futuros desligamentos aderindo ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), do Governo Federal.

O Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq) e o Conselho de Representantes dos Empregados (CRE) defendem que a direção do IPT adote outras medidas para cortar custos, como a redução do número de cargos comissionados na instituição, que possuem salários muito superiores aos dos pesquisadores.

Segundo levantamento do sindicato, há mais de 12 anos a verba de custeio repassada pelo governo do Estado de São Paulo ao Instituto está congelada (sem correção inflacionária) em R$ 42 milhões anuais.

De acordo com o presidente do SINTPq, Régis Norberto, a maior prova do descaso do Governo do Estado com o IPT está na figura do presidente do Conselho de Administração e também vice-governador do Estado, Márcio França, que mesmo ciente das dificuldades pouco tem agido para ajudar o Instituto neste momento de incerteza.

“Nos últimos anos o IPT tem obtido resultados financeiros muito superiores aos Institutos de Pesquisas no mundo, a relação atual é de 35% de contrapartida do Estado e 65% de receitas próprias. A empresa não pode jogar no colo dos funcionários seus problemas financeiros. O discurso de vamos aderir ao PPE para não demitir mostra que a direção do IPT irá penalizar ainda mais a missão do Instituto”, afirma Norberto.

Sobre o SINTPq

O SINTPq representa os trabalhadores em atividades diretas e indiretas em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de Campinas e região e, também, do município de São Paulo.

A entidade atua em todo o país na discussão de políticas públicas em prol do desenvolvimento científico e da valorização da mão de obra como elemento fundamental na inovação tecnológica, tão essencial ao desenvolvimento econômico de qualquer nação.

Em Campinas e na Capital, o SPINTq faz parte do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e, no Estado de São Paulo, participa da Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos e Fundações Públicas de Pesquisa.