Em 2024, a CUT-SP seguiu sendo a voz da resistência e lutando junto com o povo
Confira balanço da entidade estadual produzido pelo presidente Raimundo Suzart
Publicado: 27 Dezembro, 2024 - 22h45 | Última modificação: 27 Dezembro, 2024 - 23h19
Escrito por: Raimundo Suzart - Presidente da CUT São Paulo
O ano de 2024 foi repleto de desafios para a classe trabalhadora. Não tivemos um momento de descanso. Foi um ano de muitas mobilizações, lutas intensas e algumas vitórias.
O governo do estado de São Paulo, por exemplo, avançou com a privatização da Sabesp e segue com projetos de privatizar a CPTM, o Metrô e outros serviços públicos essenciais. Esses ataques são parte de um projeto maior que visa entregar a infraestrutura e os recursos públicos para a iniciativa privada, em detrimento dos direitos dos trabalhadores e da população.
Seguiremos firmes no enfrentamento contra o desmonte da saúde e da educação, área onde o governador já cortou mais de 10 milhões de reais em investimentos.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem se posicionado na linha de frente dessas lutas, defendendo os interesses da classe trabalhadora em diversas frentes. A redução da jornada de trabalho sem redução salarial é uma bandeira histórica da CUT, que seguimos defendendo desde a nossa fundação. A nossa luta é pela redução da carga horária para 40 horas semanais, ou até 36 horas, com o objetivo de criar mais postos de trabalho, reduzir o desemprego, melhorar a qualidade de vida e proporcionar mais tempo para a convivência familiar e lazer.
Outro ponto crucial que não podemos ignorar é a lamentável situação das pessoas em situação de rua. O número crescente dessa população ocasionada pela falta de políticas sociais, especialmente em São Paulo, é inaceitável. Inclusive, não podemos permitir que se criminalize quem ajuda essas pessoas. As entidades que fornecem alimentos e apoio a esses cidadãos estão fazendo um trabalho humanitário essencial e não podem ser alvo de repressão.
Em 2024, a CUT-SP celebrou seus 40 anos de luta incansável em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras. Foram 40 anos de conquistas e resistência, com greves, manifestações, protestos e atividades voltadas à defesa de direitos fundamentais. A CUT sempre esteve na vanguarda de causas como igualdade de gênero, direitos das pessoas negras, dos povos indígenas, das pessoas LGBTQIA+ e das crianças e adolescentes. Além disso, estamos comprometidos com as questões ambientais, saúde do trabalhador e trabalhadora, relações de trabalho e muitos outros temas relevantes à sociedade.
Nossa central também esteve presente nos movimentos sociais por moradia, saúde, contra a violência policial. Em 2024, as pesquisas confirmaram um aumento alarmante das mortes de pessoas negras e periféricas pela polícia. Isso evidencia a necessidade urgente de investigação sobre operações como a "Operação Verão" na Baixada Santista, e reforça a importância do uso de câmeras pelos policiais, para garantir a segurança de todos, tanto dos profissionais quanto da população.
O impacto ambiental das queimadas em 2024 foi devastador. Elas não só destruíram o meio ambiente e afetaram a saúde humana, mas também causaram a morte de milhares de animais e a extinção de diversas espécies. Muitas dessas queimadas foram criminosas e premeditadas, o que exige uma reação firme de toda a sociedade. Precisamos conscientizar as pessoas sobre a necessidade de proteger as florestas, os rios e a vida em nosso planeta.
A violência contra a mulher também foi uma das nossas bandeiras em 2024. O feminicídio cresceu de forma alarmante, e a CUT segue firme na luta para garantir a segurança das mulheres, protegendo as vítimas e impedindo que seus agressores permaneçam próximos delas. Nosso grito é claro: "Parem de nos matar".
Destacamos que, apesar de sermos uma central com base estadual, não abrimos mão de nossa atuação na luta internacional em conjunto com a CUT Brasil. A nossa participação no G20 Social foi de grande relevância, e seguimos comprometidos em intensificar nossos esforços contra a guerra na Palestina e outros conflitos que têm gerado enormes desastres, mortes e fome em diversas partes do mundo.
Enfrentamos muitos desafios, mas não nos omitimos. Continuamos debatendo, lutando e indo às ruas em defesa dos direitos da classe trabalhadora, seja na cidade, no campo, na floresta ou onde quer que ela esteja. A CUT é a voz da resistência, sempre pronta para lutar junto com o povo.
SOMOS FORTES!
SOMOS CUT!
Raimundo Suzart - Presidente da CUT-SP