Dois integrantes do MBL são presos por desvio de R$ 400 milhões em São Paulo
De acordo com o MP, os presos são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Um dos mandados ocorre na sede do grupo, na Vila Mariana
Publicado: 10 Julho, 2020 - 11h25 | Última modificação: 10 Julho, 2020 - 11h35
Escrito por: Luisa Fragão - Revista Fórum

Operação da Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Receita Federal prendeu dois integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) na manhã desta sexta-feira (10). De acordo com o G1, a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais.
A investigação afirma que o MBL teria recebido dinheiro de forma oculta através da plataforma Google Pagamentos ao invés de receber doações diretas na conta.
Os presos são Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan e antigo sócio de Pedro D’Eyrot, um dos fundadores do MBL. Segundo o MP, eles são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
De acordo com a polícia, Ferreira apresentou uma grande movimentação financeira incompatível com seus rendimentos. Ele também é acusado de ter criado sociedade em duas empresas de fachada e realizado doações suspeitas ao movimento.
Já Afonso é investigado por ameaçar opositores ao MBL e disseminar fake news nas redes sociais. Ele também teria criado quatro empresas de fachada e tem indícios de movimentação financeira incompatível, segundo a Receita Federal.
Ao todo, a operação cumpre seis mandados de buscas e apreensão e dois de prisão em São Paulo e Bragança Paulista, cidade no interior do estado.
Nota do MBL
No texto, o movimento não reconhece Carlos Augusto de Moraes Afonso e Alessander Mônaco Ferreira como membros do grupo e diz que as acusações são um “devanio tolo”.
Consultor de informática, Afonso foi responsável por coordenar a página Ceticismo Político, acusada de disseminar fake news sobre as causas da morte da vereadora Marielle Franco.
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