CUT-SP se solidariza com a vereadora Roberta Stopa, do PT de Ourinhos
No final de 2021, a parlamentar foi vítima de ataque misógino na sessão de votação do orçamento da cidade
Publicado: 31 Janeiro, 2022 - 15h50 | Última modificação: 31 Janeiro, 2022 - 21h44
Escrito por: CUT São Paulo

A direção da CUT São Paulo manifesta toda solidariedade e apoio à vereadora Roberta Stopa, do mandato coletivo Enfrente, do PT de Ourinhos, vítima de ataque misógino no plenário da Câmara de Vereadores em 29 de novembro de 2021, durante a sessão em que foram votados os projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2022 e o Plano Plurianual (PPA), que vale para os próximos quatro anos – até 2025.
Somente na última quinta-feira (27), chegou ao nosso conhecimento o ocorrido. Porém, nunca é tarde para se solidarizar e denunciar mais um ataque a uma mulher no exercício do mandato parlamentar. O coletivo encabeçado por Roberta conta com outras duas companheiras e um companheiro. De forma inédita, seguindo os ritos regimentais, a parlamentar apresentou ao todo 16 emendas ao orçamento da cidade.
A direção da CUT São Paulo manifesta toda solidariedade e apoio à vereadora Roberta Stopa, do mandato coletivo Enfrente, do PT de Ourinhos, vítima de ataque misógino no plenário da Câmara de Vereadores em 29 de novembro de 2021, durante a sessão em que foram votados os projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2022 e o Plano Plurianual (PPA), que vale para os próximos quatro anos – até 2025.
Somente na última quinta-feira (27), chegou ao nosso conhecimento o ocorrido. Porém, nunca é tarde para se solidarizar e denunciar mais um ataque a uma mulher no exercício do mandato parlamentar. O coletivo encabeçado por Roberta conta com outras duas companheiras e um companheiro. De forma inédita, seguindo os ritos regimentais, a parlamentar apresentou ao todo 16 emendas ao orçamento da cidade.
Numa Câmara composta por 15 parlamentares, sendo 12 da base do atual prefeito, Roberta do Enfrente é a única vereadora de esquerda e, pelo que se pode notar, seu mandato coletivo tem incomodado, e muito, a estrutura política da cidade que, assim como em outros espaços, em sua maior parte é ocupada por homens brancos, machistas e conservadores.
Todas as emendas apresentadas por Roberta foram rejeitadas pela Comissão de Finanças e Orçamento com base no parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara. Exercendo sua prerrogativa parlamentar, Roberta contestou as alegações em Plenário.
O fato inusitado é que os ataques para desqualificar a atuação da vereadora petista não foram desferidos pelos parlamentares da comissão, que rejeitou as emendas, nem por algum dos demais vereadores ourinhenses, mas por um servidor da Casa Legislativa, o procurador jurídico João Paulo Penha, que durante a sessão pediu a palavra e teve a solicitação acatada pelo presidente da Câmara Municipal, o vereador Santiago de Lucas Angelo (DEM).
Para defender os argumentos do parecer da Procuradoria Legislativa, de forma um tanto quanto desrespeitosa, o procurador disse na Tribuna que a vereadora não teria qualificação para questionar o trabalho jurídico, uma vez que ela “não tem OAB”. Mas, desde quando ser advogado ou advogado é requisito para disputar cargos ao Legislativo ou até mesmo ao Executivo? Confira o vídeo a partir de 3h55: https://youtu.be/R7Sl5YH7mtc.
Mais curioso é que na sessão seguinte, em 6 de dezembro, o procurador voltou a fazer uso da palavra com consentimento do presidente da Câmara, não para defender seu parecer, mas para fazer novos ataques à vereadora e ainda buscou desqualificar o movimento de apoio e defesa de Roberta e de seu mandato, trazendo ainda à tona o tom político de sua intervenção ao levantar críticas inclusive ao Partido dos Trabalhadores. Veja o vídeo a partir de 2h02: https://youtu.be/vxf_1crtL7c.
O fato por si só já demonstra evidência, um absurdo, mas não podemos deixar de observar que além de promover um ataque brutal e misógino, o procurador, com consentimento do presidente da Câmara, ao atacar a atividade parlamentar da vereadora Roberta do Enfrente, ferem a democracia.
O mandato parlamentar foi conquistado pelo Coletivo Enfrente, representado por Roberta, por meio do voto popular e direto e já no seu primeiro ano de atuação demonstra o compromisso e a disposição de lutar por melhores condições de vida para população de Ourinhos (SP). Quebrando tabus, parece ser difícil para as oligarquias que dominam a maioria das cidades paulistas aceitar o surgimento de novas lideranças políticas, principalmente quando se trata de uma mulher.
Infelizmente, Roberta não é a única vítima dessa prática machista nas Casas Legislativas do nosso estado. No último ano foram registrados vários casos de violência política de gênero contra parlamentares, principalmente, dos partidos de esquerda.
Por isso, a CUT São Paulo reforça sua solidariedade e seu apoio ao mandato Coletivo Enfrente, representado na Câmara Municipal de Ourinhos pela vereadora Roberta Stopa e reafirma seu compromisso incondicional na luta em defesa da democracia e contra a violência política de gênero. O combate ao machismo deve estar presente em todos os espaços e as agressões devem ser denunciadas sempre.
Machistas, não passarão!!!
São Paulo, 31 de janeiro de 2022
Direção da CUT São Paulo