CUT-SP: Prefeitura de Florianópolis age com arbitrariedade contra os trabalhadores
Em greve, servidores lutam por valorização salarial e contra a privatização dos serviços; mas prefeitura tem usado todo aparato municipal para atacar o movimento
Publicado: 07 Junho, 2023 - 13h41 | Última modificação: 07 Junho, 2023 - 13h49
Escrito por: CUT São Paulo

A Central Única dos Trabalhadores Estadual São Paulo (CUT-SP) manifesta preocupação com a escalada autoritária realizada pela Prefeitura de Florianópolis, em Santa Catarina, contra o movimento grevista iniciado pelos servidores municipais desde o fim de maio.
Além de ignorar por completo a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras, ao não abrir mesa de negociação, a gestão do prefeito Topázio Neto (PSD) tem cometido diversas práticas antissindicais, com ameaças de demissão, multas e prisões dos dirigentes do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis).
A Prefeitura tem entrado, inclusive, com diversos pedidos na Justiça para fazer a greve ser considerada ilegal.
Contudo, não é de se estranhar que essas atitudes partam de alguém como Topázio, que possui na Justiça do Trabalho de Santa Catarina inúmeras condenações por conta de suas empresas, que passam por assédio moral, danos morais, não pagamento de 13º salário, férias, FGTS, contribuição previdenciária e horas extras, pela inadimplência do pagamento de verbas trabalhistas e rescisórias.
Apesar de todas essas ameaças, os servidores e as servidoras estão unidos e seguem paralisados, dando grande demonstração de força e solidariedade.
A categoria está em luta por melhores condições de trabalho e pelo pagamento de pisos e carreiras (magistério, enfermagem e quadro civil) que já estão previstos em lei, mas que não tem sido cumpridos. A luta também é pela melhoria dos serviços públicos que enfrentam o sucateamento pelas mãos da atual gestão. Na pauta de reivindicações, os municipais brigam por concurso público e contra a terceirização através de organizações sociais, um modelo de gestão que acumula denúncias de fraudes e precarização de salários e direitos dos trabalhadores e do atendimento a população.
A Direção da CUT-SP se solidariza à luta dos companheiros e das companheiras de Florianópolis e se soma na cobrança para que a prefeitura abra um canal de diálogo com a categoria. Lutar não é crime!
Direção da CUT-SP
7 de junho de 2023