NOTA: CUT São Paulo se une em solidariedade ao jogador Vinicius Jr.

A Central Única dos Trabalhadores Estadual São Paulo, por meio da sua Secretaria de Combate ao Racismo, se soma aos manifestos de solidariedade ao jogador do Real Madrid, Vinícius Júnior, que tem sido alvo constante de ataques racistas praticados por torcedores espanhóis. 

A situação mais recente, ocorrida no domingo, durante partida contra o Valencia, escancarou uma cultura perversa de parte da torcida presente no Estádio de Mestalla, que ofendeu e violentou o jogador ao chamá-lo de “macaco".

Não bastasse tal fato, acompanhamos momentos depois o tratamento dispensando ao jogador pelo presidente da LaLiga (Campeonato Espanhol), Javier Tebas Medrano, que, ao invés de buscar formas de conter o avanço do ódio e preconceito em seu campeonato, tentou criminalizar a vítima ao negar situações que foram acompanhadas ao vivo pela TV.

Mas, felizmente, uma corrente de apoio a Vini se espalhou pelo mundo e tem cobrado da Espanha medidas enérgicas contra as práticas de racismo. Na manhã desta terça, 23, após intensa repercussão negativa sobre a tímida -ou quase nula- reação das autoridades espanholas, a Polícia do país prendeu sete homens suspeitos de terem praticado as ofensas contra Vinícius. No entanto, após prestarem depoimentos, três deles já foram liberados.

Nós da CUT-SP estamos em consonância aos milhares de brasileiros e brasileiras que cobram reparação ao caso. Mas não bastam medidas pontuais. É preciso responsabilizar criminalmente os envolvidos, dando mostras de que o racismo não tem vez no esporte e em nenhum outro espaço.

Aqui no Brasil, em uma das frentes de ação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) tem cobrado o banco Santander a suspender o patrocínio milionário ao campeonato devido às declarações de Javier de negar os acontecimentos. Na tarde desta terça, o banco informou ao movimento sindical brasileiro que o patrocínio foi encerrado.

Ao Vini, nosso forte abraço e disposição de luta! Racistas, não passarão!

Basta de racismo no local de trabalho de na vida!

Direção da CUT-SP