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Cortes nas universidades federais deixa pesquisa pública em risco de colapso

Enquanto gasta bilhões para comprar apoio na Câmara, governo promove cortes que podem paralisar UFRJ e Unifesp

Publicado: 13 Maio, 2021 - 12h07

Escrito por: Sindicato dos trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de SP - SINTPQ

Divulgação
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A dramática situação financeira de todas as instituições federais de ensino superior e, em particular, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem gerado manifestações de estudantes, pesquisadores e de diversas entidades ligadas ao setor.

Na semana passada, veio à tona a informação de que a UFRJ pode fechar suas portas até julho por conta de dificuldades financeiras. A reitoria informou que, em função dos cortes orçamentários, mais de 10 setores podem ser afetados. Entre eles, estão a pesquisa de duas vacinas contra a covid-19, a testagem para o coronavírus, insumos para pesquisa e funcionamento de leitos hospitalares.

O Orçamento Federal para 2021 (Lei 4.414/2021), sancionado pela Presidência da República em 22 de abril, determinou o corte de mais de um bilhão de reais nos recursos das universidades federais, o que representa uma redução de 18,16% em relação a 2020.

Uma das instituições a se manifestar, a FEBRAGEO (Federação Brasileira de Geólogos) afirmou em nota que a continuidade da produção científica das universidades federais está em risco. Ela ressalta que 60% do trabalho científico nacional vem dessas universidades, que realizam pesquisas de ponta em diversas áreas do conhecimento, e atendem quase meio milhão de estudantes de graduação.

"Essa medida do Governo Federal, somada a outras tantas de intuito similar já adotadas, amplia e pavimenta caminhos que aceleram a recondução do Brasil à condição periférica e subalterna de um país nanico, pobre, com imensas desigualdades sociais e sem protagonismo em qualquer esfera de tomada de decisão de alcance global que norteiam os rumos da humanidade e do planeta", alerta a federação. A íntegra da nota está disponível em fb.com/febrageo.

Com a continuidade dessa lógica de governo, a pesquisa e ciência nacional, que resiste há anos de cortes e contingenciamentos, entrará, literalmente, em colapso.