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Confira a programação dos sindicatos CUTistas para marcar o Julho das Pretas 2022

Publicado: 20 Julho, 2022 - 15h48 | Última modificação: 25 Julho, 2022 - 10h51

Escrito por: Rafael Silva - CUT São Paulo

Foto: Dino Santos/CUT-SP
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A próxima segunda-feira, 25 de julho, é Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, uma data de celebração e reflexão para o movimento negro, sobretudo para as mulheres.

O dia é uma homenagem a Tereza de Benguela, ícone da resistência negra no Brasil Colonial que chefiou o Quilombo Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, no século XVIII.

Como em todos os anos, muitas atividades são organizadas para marcar a data, que se estende ao longo do mês, dando origem ao “Julho das Pretas” (entenda mais abaixo). Em São Paulo, os sindicatos filiados à CUT também preparam ações para os próximos dias, como rodas de conversas, exposições e mobilizações de rua.

“O 25 de julho já era comemorado e refletido há muitos anos pelas mulheres negras, mas ganhou maior exposição a partir de 2015, depois da Marcha das Mulheres Negras pelo Bem Viver, quando fomos à Brasília (DF) em luta. Hoje, essa data, para nós, é tão importante quanto o 20 de novembro [Dia da Consciência Negra]”, explica a secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Silva.

A dirigente destaca, ainda, que é um momento de resistência e de visibilidade diante da exploração do trabalho, com altos índices da violência doméstica contra as mulheres, especialmente das negras. “Somos a base da pirâmide da desigualdade e queremos mudar isso, em todos os espaços, no trabalho, na vida, na saúde, na educação. E como estamos em ano de eleições, querermos discutir com as mulheres o voto consciente, com raça e classe, para que se retome as políticas públicas que contemplem a população preta e periférica”, continua Rosana.

Nas atividades realizadas pelos sindicatos, estarão no debate a situação das mulheres negras no mundo do trabalho e o impacto da pandemia de covid-19, a divulgação do canal denúncias contra o racismo no local de trabalho da CUT-SP e a participação nos cargos de lideranças dos sindicatos.

Sobre a data

Tereza de Benguela é um ícone da resistência negra no Brasil Colonial. Nascida no século XVIII, ela chefiou o Quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso.

Comandada por Tereza de Benguela, a comunidade cresceu militar e economicamente, resistindo por quase duas décadas, o que incomodava o governo escravista. Após ataques das autoridades ao local, Benguela foi presa e se suicidou após se recusar a viver sob o regime de escravidão.

Já a data foi instituída por meio da Lei nº 12.987/2014, sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff, e entrou em vigor no dia 2 de junho de 2014. A inspiração vem do Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, marco internacional da luta e da resistência da mulher negra, criado em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana.

PROGRAMAÇÃO:

Guarulhos

Limeira

Encontro com a participação da presidenta da CUT-SP, Telma Victor

Diadema

Mobilização em parceria com a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-SP

Santo André

Sorocaba