Comitês Populares de Presidente Prudente e de Araçatuba são lançados em Andradina
Lançamento no interior de São Paulo reuniu cerca de 200 pessoas
Publicado: 24 Junho, 2022 - 14h05 | Última modificação: 28 Junho, 2022 - 13h46
Escrito por: Itamar Batista e Vanessa Ramos, em Andradina (SP)

Movimentos populares e entidades sindicais lançaram nesta sexta-feira (24) dois Comitês Populares de Luta das regiões de Araçatuba e Presidente Prudente.
Com o objetivo de ampliar as lutas locais, a atividade reuniu cerca de 200 pessoas na sede da Fundação dos Servidores Públicos Municipais de Andradina (Funsep), no bairro Jardim Europa, no município andradinense.
Para o vice-presidente da CUT Brasil, Vagner Freitas, os comitês cumprem importante papel em ano de eleição, quando milhões de brasileiros elegerão presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
“A eleição serve para fazer o julgamento do governo que está em curso. As urnas vão dizer se Bolsonaro deve ou não continuar. Trabalhador não pode eleger candidato do patrão. Queremos um governo democrático que governe para todos. É papel da classe trabalhadora discutir política e eleger um amplo parlamento para fortalecer os direitos e um projeto popular”, defendeu.
Da mesma forma, a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Kelli Mafort, destacou as eleições no país, em outubro, como um período de disputas para mudar os rumos da política no Brasil.
“Não vamos admitir que a consciência de nosso povo seja roubada por ideias fascistas. Os comitês representam os trabalhos de base em nossos bairros, junto às nossas famílias, com as pessoas próximas, trabalho esse que conhecemos muito bem”, afirmou.
Presidenta da CUT São Paulo, Telma Victor lembrou ainda os 33 milhões de brasileiros que passam fome no Brasil, como aponta o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, publicado em junho.
“A população vive as consequências de uma política que reduziu o investimento em áreas essenciais como saúde e educação e ampliou a pobreza. Vemos uma realidade triste de famílias brasileiras disputando restos de alimentos”, afirmou.
Subsedes mobilizadas
Coordenadora da subsede da CUT-SP em Araçatuba, Cleide Maria de Jesus falou sobre os retrocessos advindos desde o golpe político contra a ex-presidenta da República, Dilma Rousseff, desdobrando-se na retirada de direitos pelo atual governo federal e parte do legislativo.
“A classe trabalhadora quer voltar a respirar, está cansada de ser oprimida, de passar fome e viver o desespero do desemprego. Temos o compromisso de reverter o quadro que estamos vivendo”.
Para o coordenador da subsede da CUT-SP em Presidente Prudente, Paulo Roberto Índio do Brasil, os únicos que podem mudar o contexto da política brasileira são aqueles que sentem a crise e os impactos das decisões políticas.
“A organização da classe trabalhadora é o que possibilitará que tenhamos uma nova conjuntura daqui 100 dias”, concluiu o dirigente.
Além da CUT e do MST, fizeram parte da construção dos comitês a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Intersindical, a Apeoesp, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Presidente Prudente e Região (Sintrapp), o Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia CUT) e o Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo (Afuse).
Laticínio Coapar
Também nesta sexta-feira (24), às 14h, acontece a inauguração do Laticínio da Cooperativa de Produção, Industrialização e Comercialização Agropecuária dos Assentados e Agricultores Familiares da Região Noroeste do Estado de São Paulo (Coapar).
A cooperativa é ligada à Melhor do Campo e ao MST. O evento conta com a participação de parlamentares, pré-candidatos de diferentes partidos políticos e de movimentos sociais e sindicais do campo e da cidade.