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Comerciários de Osasco lotam ruas do centro em luta pelo fim da escala 6x1

No ramo, a jornada de apenas uma folga semanal afeta praticamente toda a categoria

Publicado: 28 Novembro, 2024 - 13h16 | Última modificação: 28 Novembro, 2024 - 13h23

Escrito por: Rafael Silva - CUT São Paulo, com informações do Secor

Secor
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O Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor) esteve nas ruas na última quarta-feira (27) em luta pelo fim da escala 6x1. O ato ocorreu nas ruas do centro, região que concentra muitas lojas e trabalhadores da categoria.

A manifestação contou com o apoio de outras entidades e movimentos sociais, como a Subsede da CUT-SP em Osasco, o Partido dos Trabalhadores (PT) e a União da Juventude Socialista (UJS).

No setor do comércio, a escala 6x1 afeta praticamente toda a categoria – em períodos de festas, como Natal e Ano Novo, há casos de jornadas ininterruptas.

Para o presidente do Sindicato, Luciano Pereira Leite, a proposta de redução da jornada sem prejuízo salarial é uma medida urgente e estratégica diante das transformações no mercado de trabalho. “O Secor endossa o posicionamento da CUT de que a redução da jornada de trabalho deve ser acompanhada pela manutenção de salários e direitos já conquistados por meio de negociações coletivas. Somente com a valorização do trabalho, a proteção social e a distribuição de renda será possível construir um país mais igualitário e comprometido com o bem-estar de todos”, afirma.

Secretário de Políticas Sociais da CUT-SP e dirigente do Secor, Edson Bertoldo da Silva, segue na mesma linha de Leite e destaca o fortalecimento da democracia com essa medida. “É fundamental que os trabalhadores e as trabalhadoras sejam protagonistas nas decisões que moldam o futuro do Brasil. Entendemos que o crescimento econômico deve estar atrelado à qualidade de vida e ao fortalecimento da democracia, combatendo a precarização e promovendo trabalho decente”, diz o secretário de Políticas Sociais da CUT-SP, Edson Bertoldo da Silva.

Já a coordenadora da subsede da CUT-SP, Elisangela Calmon, ressalta que a redução da jornada sem a redução dos salários trará ganho, principalmente, às mulheres. “As mulheres, historicamente sobrecarregadas pelas duplas e triplas jornadas, seriam especialmente beneficiadas. Além disso, a redistribuição de empregos e responsabilidades familiares fortalece a coesão social e reduz desigualdades”, defende a dirigente.