Coletivo de Meio Ambiente CUT-SP realiza primeiro encontro no Dia da Amazônia
Avanço das queimadas e projetos das eleições que envolvam a proteção ambiental foram alguns dos temas discutidos
Publicado: 05 Setembro, 2024 - 16h24 | Última modificação: 06 Setembro, 2024 - 10h33
Escrito por: Laiza Lopes - CUT São Paulo
No dia da Amazônia (5), o Coletivo de Meio Ambiente da CUT-SP se reuniu para o primeiro encontro do grupo, que marca o início das atividades para levar a discussão da crise climática aos sindicatos e ramos com maior profundidade. Cerca de 35 pessoas participaram da ação.
O presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart, realizou a abertura do evento e ressaltou o cuidado para realizar a transição justa, para que a mesma não penalize os mais vulnerabilizados.
“Temos que pensar no processo de vida de todos os materiais produzidos, do berço ao túmulo, no seu ciclo de vida e nos impactos de seu descarte. Essa é uma discussão importante para a Central e para os debates nas eleições de 2024”, afirma o presidente.
O avanço das queimadas tem sido uma realidade enfrentada pela população do estado de São Paulo. Nesta quinta-feira, 5, a Defesa Civil registrou 16 cidades com focos de incêndio. As causas estão sendo investigadas, mas a principal suspeita é de que essas queimadas foram provocadas por ação humana.
A convidada Francisca Adalgisa, Secretária Municipal de Meio Ambiente do PT da Capital Paulista, trouxe à mesa a importância de pensar no meio ambiente como um todo e que a qualidade do ar é um dos pontos dentro desse ecossistema.
“O meio ambiente é transversal, é o “todo”. A terra é o que nos provém tudo, e não damos atenção para isso, há uma preocupação maior com um celular, a tecnologia do momento. Há um domínio dos nossos pensamentos pelas redes sociais, com influenciadores negacionistas, por exemplo. O poder do capital nos separa para depois nos matar”, avalia Francisca.
Os mais pobres são os mais afetados pelas mudanças climáticas e dentro disso há os segmentos, como as mulheres negras, aponta Francisca. Os dados atestam essas desigualdades: as negras são as que mais ocupam cargos informais, que mais sofrem violência e que ganham menos.
Francisca compartilhou algumas diretrizes para que o município se torne mais sustentável, entre elas: gestão de resíduos sólidos, incentivo à coleta seletiva, participação social nos Planos Diretores, incentivo a criação de hortas urbanas.
A Secretária de Meio Ambiente da CUT-SP, Solange Ribeiro, reforça a necessidade de fortalecer o diálogo com as periferias. “Precisamos abrir nossos espaços, enquanto cidadãos, conversar com as pessoas, nos aproximar, partilhar as ideias que acreditamos para a justiça ambiental”, defende.