Centrais, movimentos e entidades lançam Comitê de Luta de São José do Rio Preto
O comitê pretende debater conjuntura nacional e questões locais, como a gestão pública do município
Publicado: 15 Julho, 2022 - 23h01 | Última modificação: 16 Julho, 2022 - 01h01
Escrito por: Ana Eliza Barreiro e Vanessa Ramos

Entidades sindicais e populares lançaram o Comitê de Luta de São José do Rio Preto, organização política que tem ganhado força nas principais cidades do estado de São Paulo.
O lançamento do comitê ocorreu na noite desta sexta-feira (15), no Clube do Lago do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São José do Rio Preto, localizado na Avenida Duque de Caxias, 3.756, no Parque das Represas, em São José do Rio Preto (SP).
Em cada região, os comitês cumprem o papel de ampliar o diálogo com a população local sobre os problemas enfrentados pelos brasileiros e pelas brasileiras, como a economia, emprego, saúde e fome, além de apontar os caminhos de luta e desenvolver ações de solidariedade.
Entre as entidades estiveram a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), além de representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) do Assentamento Egídio Brunetto, do Movimento Negro Unificado (MNU), de coletivos de luta trabalhista e de mulheres, de partidos políticos e de sindicatos de diferentes categorias como servidores municipais e professores estaduais (Apeoesp).
"Precisamos dialogar sobre o projeto de reconstrução do Brasil, que passa por nossas mãos", afirmou o secretário-geral da CUT-SP, Daniel Calazans.
Para fazer com que isso seja possível, o químico Renato Zulato, secretário de Administração e Finanças da CUT-SP, destacou que os comitês têm entre seus objetivos a promoção da luta por democracia e pelos direitos dos trabalhadores.
“São espaços para resgatarmos tudo aquilo que foi tirado desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff em 2016 no Brasil", afirmou.

Ao falar sobre a política de ódio que se instalou no país com o fenômeno do bolsonarismo, a ativista do Coletivo Feminista "Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser”, Maria Aparecida Trazzi Vernucci, conhecida como Tidda, lembrou dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira, do jornalista britânico Dom Phillips e do guarda municipal Marcelo Arruda.
“Vamos derrotar o fascismo com muita organização e estratégia. Todos os que se foram deixaram seu legado. Que a gente siga em frente”, ressaltou.
Um filme sobre o povo
Como parte do lançamento do comitê, os participantes também assistiram ao documentário "O povo pode?", do diretor Max Alvim.
O longa-metragem, que tem pouco mais de duas horas de exibição, retrata a história de quatro nordestinos - João, Vani, Aurieta e Izaltina, personagens que tiveram suas vidas transformadas no período em que Luiz Inácio Lula da Silva foi presidente do Brasil.
Segundo o coordenador da subsede da CUT-SP em São José do Rio Preto, Amarildo Pessoa de Araújo, o comitê estará em sintonia com as discussões em âmbito nacional, assim como discutirá questões locais, como a gestão pública do município.
“Vamos fortalecer as lutas regionais e ampliar ações em defesa dos direitos e da democracia”, finalizou.