Limeira: As mulheres negras no serviço público

Na noite da última sexta-feira, 22, ocorreu o Encontro de Mulheres Negras do Serviço Público, organizado pelo Centro de Formação do Sindsel (Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira). A atividade foi em alusão ao Dia da Mulher Negra, Latina Americana e Caribenha, celebrado neste 25 de julho.

Além das servidoras de Limeira, também participaram várias representantes dos sindicatos de Araras, Santo André, São Bernardo, São Paulo, Diadema e Presidente Prudente, juntamente com as advogadas Raiça e Paola, do Núcleo Antirracismo do Escritório Cascone. Também participou a presidenta da CUT-SP, Telma Victor, que motivou as servidoras a construir coletivos de combate ao racismo nos sindicatos e também para participarem e ou cobrarem pela criação de conselhos municipais com a temática do povo negro.

O encontro buscou discutir o papel da mulher negra nos dias atuais, bem como a sua importância transformadora e revolucionária nessa sociedade que desde o início dos tempos é tão marcada por desigualdades sociais, hegemonia patriarcal e de subserviência a um modelo econômico capitalista cruel, no qual as potencialidades coletivas são ofuscadas pelo desejo insaciável de poder e riqueza para poucos, quando, em contrapartida, a grande maioria é refém da miséria.

"Embora as mulheres negras sejam maioria entre a população brasileira, na grande parte das vezes também não somos nós que ocupamos e somos inseridas nos espaços de poder, o que nos coloca como parte da população menos remunerada. E isso expressa a grande dificuldade de ascensão social que temos em relação às outras mulheres as quais disfrutam de muitos privilégios, inclusive de cor. É preciso superar essas barreiras e a superação virá através de muito debate, oportunidades e trabalho coletivo com diversos âmbitos da sociedade, no qual o Sindsel se empenha em realizar com seriedade e compromisso em transformar o serviço público em lugar mais justo e acessível para essas mulheres" diz a dirigente do Sindsel e presidenta da Fetam-SP, Nicinha Lopes.

A entidade, por meio do Coletivo Racial, promove atividades que buscam sensibilizar a categoria e a população em prol de construir uma sociedade igualitária, plena em direitos e sem preconceitos raciais.

Divulgação/Sindsel