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Ampliar a mobilização na região de Ourinhos passa pelo fortalecimento dos sindicatos

Durante plenária da CUT na cidade, lideranças apontaram os desafios de atuação numa região de maioria conservadora

Publicado: 22 Junho, 2023 - 16h42 | Última modificação: 22 Fevereiro, 2024 - 18h25

Escrito por: CUT São Paulo

Divulgação
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Na última sexta, 16 de junho, diversas lideranças sindicais, dos movimentos sociais e parlamentares participaram da plenária realizada pela subsede da CUT-SP de Ourinhos, em preparação para o 16º Congresso Estadual da CUT-SP (CeCUT) e para o 14º Congresso Nacional da CUT (ConCUT).

As plenárias têm sido realizadas em todas as subsedes da CUT no estado com o propósito de discutir, com a presença de lideranças sindicais e de movimentos sociais, a conjuntura política e atualizar as estratégias de luta com base nos ramos que atuam nos territórios. 

Vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em Ourinhos, Roberta Stopa foi uma das convidadas da atividade, que contribui com uma análise de conjuntura do momento político do país e os desafios de atuação na região, na qual o setor de serviços responde por 56% do PIB local.

Além de Stopa, também participaram da mesa os presidente do PT de Ourinhos e coordenador da Macro PT de Ourinhos, Marília e Assis, Antônio Amaral Junior, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ourinhos, Ednilson Ribeiro da Silva, e o ex vice-prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, presidente do PT e do Sindicato dos Trabalhadores Calçadistas e Vestuários na mesma cidade, Benedito Batista Ribeiro.

“Tivemos uma ampla participação de sindicatos, que trouxeram muitas contribuições da região para o debate. Foi um momento de compartilhar desafios e propostas, o que irá fortalecer a luta local”, afirma Cesar Augusto, coordenador da subsede. 

Representando a direção ca CUT-SP, estiveram Telma Victor, secretária de Formação da entidade, e Carlos Fábio, o Índio, secretário de Cultura. Os dirigentes apresentaram detalhes do Congresso Estadual e responderam dúvidas dos participantes.

Uma das discussões girou em torno da possibilidade da CUT permitir a filiação de associações - atualmente o estatuto permite sindicatos, confederações e federações. Durante a plenária, os participantes avaliaram que a possibilidade dessa abertura traria aumento significativo da base de trabalhadores e de trabalhadoras, principalmente no interior, onde muitas organizações se dão por meio de associações. 

Nas falas, algumas lideranças destacaram o fato da região ser de maioria conservadora, o que contribui para uma forte criminalização do movimento sindical e a consequente redução do número de sócios e sócias. Outro fator a ser considerado é a grande predominância de trabalho informal.

Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de 2019, no cenário de pré-pandemia, mostram que a região, formada por 22 cidades, teve um crescimento de 2,4% na geração de empregos formais. No entanto, devido à alta inflação da época, a remuneração média caiu 4,9% em termos reais.

As subsedes funcionam como espaços de representação da CUT-SP divididas por regiões, que contemplam a capital, Grande São Paulo, litoral e interior, de forma a garantir a aproximação da entidade com os sindicatos, movimentos sociais e os trabalhadores em todo o estado. As plenárias pelas 19 subsedes, mais a capital, estão previstas para serem encerradas no dia 5 de julho na capital paulista.