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8 de Março: mulheres ocupam a Paulista pelo fim da escala 6x1 e contra a violência

Mobilização reúne movimentos sociais, partidários, sindicatos e população em defesa da igualdade de gênero em diferentes esferas

Publicado: 08 Março, 2025 - 21h49 | Última modificação: 09 Março, 2025 - 10h41

Escrito por: Redação CUT São Paulo

Dino Santos / CUT-SP
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Na tarde deste sábado, 8, mulheres, movimentos sociais e políticos, sindicatos e sociedade civil ocuparam a Avenida Paulista para reivindicar pautas fundamentais para a igualdade de gênero. O Dia Internacional das Mulheres marca não somente a celebração, mas a importância da luta pela conquista de direitos, por melhores condições de vida e a resistência das mulheres frente às diversas violações enfrentadas no dia-a-dia. 

A CUT São Paulo fortaleceu o ato com a presença de dirigentes, trabalhadores e trabalhadoras, que foram para a Paulista portando bandeiras, cartazes e camisetas. O mote da Central estadual deste ano foi “Ainda estamos aqui: Mulheres na Luta por Igualdade de Direitos, Trabalho Decente, Fim da Escala 6x1, Justiça Reprodutiva e Climática, Sem Anistia para Golpistas!”.

“Nós, mulheres, estamos nas ruas reafirmando a nossa luta pela justiça social, pela vida das mulheres trabalhadoras. Ressaltamos as lutas históricas do sindicato como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, já que as mulheres estão adoecidas pela dupla e tripla jornada. Por isso, é fundamental discutirmos a divisão sexual das atividades”, comenta Márcia Viana, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP.

A mobilização foi realizada por diversas organizações de mulheres, incluindo a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-SP. O evento reuniu cerca de 60 instituições e contou com falas de representantes de movimentos sociais e partidários durante o trajeto, que iniciou no vão do Masp e teve fim na Praça Oswaldo Cruz. As mulheres entoaram cantos e falas como “Se tem violência contra a mulher, a gente mete a colher”, e o pedido “Sem Anistia”, que reforça a necessidade de punição aos golpistas que atentaram contra a democracia em 8 de janeiro de 2023.

A defesa do aborto legal e seguro, taxação dos super ricos, alimentos mais baratos e políticas eficazes de combate ao feminicídio foram reivindicações colocadas durante o ato. 

Dino Santos / CUT-SPDino Santos / CUT-SP

Márcia Viana, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, expôs o desmonte das políticas das mulheres do governo do Estado de São Paulo, sob gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Dos R$ 26 milhões previstos para ações de combate à violência contra a mulher, apenas R$ 900 mil foram liberados para execução.

“Enquanto o estado vive um aumento nos casos de feminicídio contra a mulher, há congelamento de verbas para o enfrentamento às violações. Se está difícil ser mulher no Brasil, no estado de São Paulo está pior”, reflete Márcia. 

O presidente da CUT São Paulo, Raimundo Suzart, marcou presença na mobilização e ressaltou a importância de os homens serem aliados à causa. “É mais do que participar da marcha, é sobre as nossas atitudes no dia a dia em defesa das mulheres contra todo tipo de violência. Nós, da Central, conclamamos a todos que venham para essa luta”, reforça o dirigente. 

Além da capital, diversas cidades da Grande São Paulo e do interior mobilizaram a população em defesa dos direitos das mulheres em um extenso calendário de lutas que segue durante o mês de março.